terça-feira, 13 de setembro de 2011

O voto proporcional distritalizado - por Alfredo Sirkis

O movimento pelo voto distrital puro me parece um grande diversionismo em cima de doces ilusões de quem conhece pouco o funcionamento real da política brasileira. Teria o efeito diametralmente oposto ao pretendido em relação à corrupção e tenderia rapidamente ao tripardidarismo – em vez de ARENA e MDB, teríamos: PT, TUCANOSDEM e… PMDB forever! – e o fim de qualquer espaço para propostas minoritárias ou emergentes.

Que história da carochinha essa de achar que o distrito uninominal dificulta a corrupção eleitoral! A corrupção institucionalizada no Brasil se dá pela escancarada compra de voto, indireta, pelos famosos Centros Assistenciais, e direta, pelos cabos eleitorais que repartem dinheiro vivo. Hoje, o voto já é fortemente distritalizado. Poderia antecipar, com pouca margem de erro, quem seria eleito em distritos na zona oeste e norte do Rio, bairro por bairro. Os mesmos que já o são via seus Centros Assistencias e cabos eleitorais. A diferença é que atualmente ainda há um pouquinho de espaço para o sempre minguante voto de opinião e para “figuras populares”: radialistas, pastores, jogadores de futebol, etc…

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